domingo, 29 de maio de 2011

Funcionalidade ao extremo

Com o passar dos anos, aquilo que nos rodeia (de forma geral) tem se tornado extremamente objetivo e funcional, muitos dos objetos, veículos e construções, assumiram uma forma simplificada, visando facilidade, praticidade na produção e pelo menos em teoria, menor custo.
A parte boa do suposto avanço é visível, postes em todas as ruas da cidade, muitas cabines telefônicas e todos os prédios, públicos ou não, tudo muito funcional (ao menos em teoria), mas quando paramos para observar, é impossível não notar que a preocupação com a estética foi ficando para trás, totalmente substituída pela funcionalidade (não precisa ser bonito, desde que funcione). Essa ideia aparentemente supriu muitas necessidades, no entanto, não estaríamos agora, em um ponto onde a estética volta a ser uma necessidade?
muitas vezes, isso nem se quer passa por nossas cabeças devido a preocupações rotineiras, mas a arte e a beleza foram aos poucos apartadas de nosso cotidiano.
Não existe dúvidas de que a beleza tem influência na qualidade de vida (pelo fator contemplativo da coisa), por exemplo, quando se compra um carro clássico, não se compra apenas um carro (em função de uma necessidade apenas), mas sim cada detalhe, a arte de cada contorno e forma, o apreço pelo objeto.
Pensar em um ambiente de confinamento onde não há nada à ser admirado me parece loucura, principalmente em grandes metrópoles, onde as grandes preocupações das pessoas nunca estão voltadas à elas mesmas, um mundo agitado, sem beleza, sem espaço para admiração e apreço pelas coisas que nos cercam, suprimos muitas necessidades com a objetividade, mas será que a beleza não se tornou uma nova necessidade?