sexta-feira, 24 de junho de 2011

Vítimas da pose

 Vamos falar de um absurdo grave, que habita livremente milhares de cabecinhas ocupadas demais pra nota-lo. Uma boa parcela das pessoas tem um certo problema, construído pela aceitabilidade de padrões utópicos e pela implícita busca de uma perfeição equívoca, através de métodos de compensação.
Vamos tornar a ideia menos abstrata, estamos falando daquele grau intimo de insegurança que guia as mudanças nas pessoas, então, entre milhões de possibilidades, a pessoa escolhe, sem questionar muito, um conjunto de afirmações sobre si, construindo sua personalidade, seu modo de agir, se baseando integralmente na aprovação social.
  A condição humana é algo muito complexo, pessoas nascem e são criadas sem parâmetros, tendo como fator decisivo o reflexo social de seus atos (em pequena escala, pra piorar), levando ao ponto extremo, resulta em um individuo que não é guiado pelo interesse genuíno, mas sim pelo reflexo social do interesse.  Pessoas escolhem desde roupas até profissões guiadas por este sentimento que é quase imperceptível, por uma necessidade de aceitação de outrem, ou seja, pelo único parâmetro usado para se orientar, como se cada movimento fosse computado em uma mecânica de acerto e erro. Em sumo, isso implica em um sujeito quase que irracional, que lida consigo mesmo pela aceitação e pela compensação, ex: " Sou burra, logo, tenho a obrigação de ser gostosa ", este é o exemplo de um mecanismo de aceitação, onde tudo o que está em jogo é o reflexo social do ato, o problema é que as pessoas que são usadas como parâmetro para guiar esse individuo dentro desse critério equívoco de aceitação, são seres que estão exatamente na mesma condição, experimentando poses e quase sem nenhum interesse genuíno, o que termina em algo que é quase como perguntar aos mendigos qual é a receita para sucesso profissional. Embora seja algo de uma complexidade gigantesca, gostaria de sugerir uma reflexão sobre a condição humana, sobre o que você tem se tornado e por que motivos, seriam esses motivos algo suficientemente relevante para determinar algo tão importante quanto a nossa perspectiva dentro da condição humana? pessoas e mais pessoas se encontram presas num circulo vicioso e irracional de aprovação que se renova a cada geração, portanto o quanto antes você rever sua experiencia como individuo, melhor, não desperdice sua vida com motivos inventados e aprovações de quem também não tem a menor ideia do que está fazendo.

SEM MAIS.

Imagem: Na foto, a loira peituda, fazendo POSE de intelectual segura um livro que está de ponta cabeça.

domingo, 29 de maio de 2011

Funcionalidade ao extremo

Com o passar dos anos, aquilo que nos rodeia (de forma geral) tem se tornado extremamente objetivo e funcional, muitos dos objetos, veículos e construções, assumiram uma forma simplificada, visando facilidade, praticidade na produção e pelo menos em teoria, menor custo.
A parte boa do suposto avanço é visível, postes em todas as ruas da cidade, muitas cabines telefônicas e todos os prédios, públicos ou não, tudo muito funcional (ao menos em teoria), mas quando paramos para observar, é impossível não notar que a preocupação com a estética foi ficando para trás, totalmente substituída pela funcionalidade (não precisa ser bonito, desde que funcione). Essa ideia aparentemente supriu muitas necessidades, no entanto, não estaríamos agora, em um ponto onde a estética volta a ser uma necessidade?
muitas vezes, isso nem se quer passa por nossas cabeças devido a preocupações rotineiras, mas a arte e a beleza foram aos poucos apartadas de nosso cotidiano.
Não existe dúvidas de que a beleza tem influência na qualidade de vida (pelo fator contemplativo da coisa), por exemplo, quando se compra um carro clássico, não se compra apenas um carro (em função de uma necessidade apenas), mas sim cada detalhe, a arte de cada contorno e forma, o apreço pelo objeto.
Pensar em um ambiente de confinamento onde não há nada à ser admirado me parece loucura, principalmente em grandes metrópoles, onde as grandes preocupações das pessoas nunca estão voltadas à elas mesmas, um mundo agitado, sem beleza, sem espaço para admiração e apreço pelas coisas que nos cercam, suprimos muitas necessidades com a objetividade, mas será que a beleza não se tornou uma nova necessidade?

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Lembrete Importante !

Este blog tem como objetivo sugerir unicamente críticas de forma CONSTRUTIVA, todo o conteúdo são opiniões particulares expostas somente de forma reflexiva, não faço apologia ao uso de linguagem forte (imprópria), utilizo disto apenas como recurso de linguagem para enfatizar o tema, mantendo como foco principal o caráter crítico e reflexivo do conteúdo, que é elaborado com base em estudos e análises sociais feitas por mim.  Se não gostar de alguma informalidade, vá passear.